Na despedida do canal GNT os manhattans aliviaram a dor da separação com um presente: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o convidado que mais vezes participou da Conexão. Ele passou a faixa ao Lula em 2003 e até hoje não discute a opinião do povo, que deu 80% de aprovação a quem seguiu o seu receituário. Segundo FHC, Lula se entregou com volúpia ao sistema “é dando que se recebe”, disse bobagens, forçou a barra e foi mesquinho – e abusou um pouco. Diogo Mainardi fez a melhor participação do bloco (do programa todo, na verdade) perguntando por que não houve impeachment contra Lula. Mas a resposta de FHC foi frustrante: “porque ficamos com medo que ele culpasse as elite.”
No segundo bloco, entre outros o assunto foi Dilma Rousseff, a presidente eleita sem que ninguém conhecesse sua voz ou entendesse o que ela diz. Mas tudo é possível em um país onde o congresso abdicou do poder e a oposição não critica.
FHC mudou o Brasil sem falsa modéstia, e no terceiro bloco deu sua opinião sobre o fato de o Brasil chegar a ser a quinta maior economia do mundo em 2016: “poder, pode, mas é difícil.” A questão é se o Brasil vai ser uma sociedade decente – pois já sabemos lidar com a economia mas não sabemos lidar com pessoas. Enquanto isso, a indecência do apoio a Ahmadinejad continua. Falando nisso: é bem fácil pensar no nome de uma pessoa que deveria ser apedrejada por aqui, não é?
Depois de uma ótima entrevista com Susan Miller, o melhor guia de New York deu algumas dicas de restaurantes para o ex-presidente – que aliás fica longe da trabalheira maluca que são o Facebook e o Twitter e prefere ler (e indicar) Alexis de Tocqueville. Falando em livros: uma lista dos escritos por FHC, além de material compreensivo sobre sua vida e obra, estão no site do Instituto Fernando Henrique Cardoso.
O melhor: FHC imitando a Odete Roitman. O pior: o mistério a respeito de quando o MC vai estrear na Globonews. Não custava nada o Lucas ter falado quais serão os dias e horários de exibição. Aliás, não custava nada colocar esta informação no site do canal. Fórum da semana: a pergunta da semana passada continua: por que as pessoas escrevem de graça na internet? (Eu sei a resposta, mas só conto de me pagarem).
Desejo um 2011 com muitas felizes conexões para todos ;-)
Marcos Alexandre
Espero muito que o programa não mude o seu formato. Será uma pena. Também não teremos reapresentações, como temos no GNT? Não podem deixar de falar sobre NY, pois para mim é uma forma de ficar por dentro da cidade que tanto amo!
Os horarios ainda são um mistério, não sei por que ninguém divulga!!! Os epectadores querem saber, né?!
Acompanho o Manhattan Connection desde que passei a assinar tv a cabo, e 1994.
Agora, até adivinhar os horários das reapresentações no novo canal, vou acabar perdendo alguns…
No domingo será na mesma hora, mas se nem disseram que dia vai começar, imagine falar sobre as reprises e se o programa vai para a internet na íntegra depois. Está tudo o maior mistério :-(
Gostaria apenas, que nessa renovação do programa, o Caio Blinder aproveite para se reciclar seus conceitos, que seja mais humilde e que deixe de implicar explicitamente do Ricardo Amorim, que é um excelente comentarista, so que, com mais bomsenso.
Gerson, acho que ali todo mundo implica com todo mundo, mas está bom assim :-)
Olá Marcos, muito bom seu comentário sobre o programa do dia 26 de dezembro.
Agradecimentos a toda equipe do MC por nos proporcionar participar da Aula do mestre Fernando Henrique.Que eloquência!!! Estava com saudade de ouvi-lo falar. E tudo o que ele falou era o que eu achava que devia ser dito e explicado publicamente antes das eleições. A todo o tempo eu dizia que esta omissão foi, talvez, a maior das falhas do PSDB.
Como vc bem disse, Marcos, os questionamentos do Diogo Mainardi foram bem pertinentes.
Como sou mineira, fico feliz em saber que o Aécio Neves, que já traz no sangue a competência política do Tancredo Neves, convive e escuta Fernando Henrique. Aliás, aproveito para sugerir ao MC convidar o Aécio para o programa, ele também é muito interessante, bem articulado.
Espero que nas mudanças, o MC não perca a boa estrutura que tem, e que vc, Marcos, continue seu trabalho em nome de todos nós, admiradores do MC.
A todos, um Próspero 2011!!!
Lydia
Oi Lydia, na verdade não me interesso por política. Ainda mais por estarmos sob o governo do PT, quanto menos falarem do assunto, melhor. Eu teria convidado a Fernanda Young para o MC no lugar do FHC… Hehehe. Mas enfim, também espero que as mudanças sejam muito positivas para o programa. Obrigado pelos elogios ao blog :-)
Oi Marcos Alexandre,
como bem lembrou outro dia o Wagner Moura, citando uma personalidade que não me lembro quem no momento, “o problema de quem não gosta de política é que será governado por quem gosta muito.” Na verdade, acompanho política para me inteirar dos acontecimentos, mas não sou partidária; aprecio as personalidades interessantes, aqueles que realizam trabalhos interessantes nas mais diversas áreas, contribuindo para o desenvolvimento, para a evolução das pessoas, do país.
Aliás, como citei aqui o Wagner Moura, ele é também uma ótima opção para convidado do MC.