166º post – MC de 20 de fevereiro de 2011

21 fev

Os manhattans não sabiam se o que estava em chamas era a praça ou o país, mas sabiam quem inspirou os jovens egípcios: Gene Sharp, responsável por revoltas variadas – e algumas fracassadas. O velhinho escreveu um manual prático de desobediência civil, mas não assume nem o crédito e nem a culpa e, para a decepção de Caio Blinder, até deu dicas para um cara como o Chávez. Como a realidade é mais complicada que os slogans, o hip hop fez o Egito ir direto para a queda, mas está tudo bem – para os militares. Conclusão: se até o Brasil é democrático, a Coreia do Norte e o Egito podem ser também. Ditadores, se cuidem com As begaladas do pacifista! Enquanto isso, as mulheres queimaram o Berlusconi, e Madoff abriu o bico com total razão: se é bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade.

No segundo bloco, a direção certa é up, up, up. Quanto mais alta a cidade, melhor – pelo menos é esta a tese de Edward L. Glaser, autor do blog Economix e do livro Triumph of the city: how our greatest invention makes us richer, smarter, greener, heathier and happier. A sacada ambientalista é boa, mas a mudança no eixo de consumo derruba a teoria do espigão. Diogo Mainardi, que mora em um museu, prefere uma cidade baixinha como Paris – onde o melhor é a barreira da comunicação. Voltando ao hip hop (e à decadência): Eminem estrelou um comercial stalinista e o jornal The New York Times descobriu que a polícia do Rio não é a maior maravilha do planeta.

O terceiro bloco continuou decadente e começou com Stephanie Bergamota, mais conhecida como Lady Gaga. Na verdade ela não nem lady, nem gaga – mas é a filha mais ousada da matrona Madonna, da Elke Maravilha e do Liberace, e todo mundo tem que respeitar o fato de ela ter ralado prá caramba, ter metido a cara e ter dado uma entrevista para o Anderson CooperOs manhattans falaram também sobre Justin Beaver, o andrógino canadense socialista. Como nem o Beaver nem a Bergamota me interessam, fiquei lembrando do comercial do Eminem e me deu vontade de rever um filme do Sergei Eisenstein. Por que será? Elementar, meu caro Watson: o Pedro Andrade sabe o que é singularity, e daqui a pouco as máquinas acabarão com o problema da morte. Pôxa, agora lembrei de Metropolis, do Fritz Lang. Pelo jeito o Diogo não é o único a continuar no século passado.

Fã-clube do Manhattan Connection

3 Respostas to “166º post – MC de 20 de fevereiro de 2011”

  1. Marília :-) às 23:37 #

    É Stephanie GERMANOTTA.

  2. Marília :-) às 23:40 #

    Agora que vi o programa, percebi que você repodruziu exatamente como eles falaram. Desculpe-me.

  3. rubia kapusta :-) às 1:06 #

    Para quem reclamava que o pessoal andava meio travado,assistam o ultimo programa. Alem de otimos nos comentarios eles estavam bem soltinhos como antigamente.
    Simplesmente adoro o programa! Nao vejo a hora do proximo programa.. deve ter fuga de deputados/vereadores de Wisconsin.. crise no oriente medio..petroleo..(a gasolina do posto daqui de casa ja esta nos 3 dolares)..alguma coisa interessante do Brasil e as dicas do Pedro. Abrs.
    P.S.: ainda nao consigo me acostumar sem a musiquinha…

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