Voltando ao horário atrasado, a 900ª conexão veio por mares já navegados – e que não estão para peixe, pois o tsunami político, econômico e social avança pelas 4 estações. No outono americano, caem as folhas e a esperança: é a vez da esquerda e vem aí o inverno dos descontentes. Pela janela, o repórter Caio Blinder viu 99% de anarquistas e velhos hippies inspirados pela Adbusters. Ricardo Amorim, o inimigo e bode expiatório, deu os três estágios de negação e explicou que a culpa é do Lucas Mendes. Enquanto isso, a Grécia morre na praia do Diogo Mainardi – que como Ulisses evita o canto da sereia (e espera que toda a Europa faça o mesmo). Mudando de assunto: as mulheres merecem e a banqueira ganhou o prêmio Nobel da praz. Outro ganhador foi Thomas Tranströmer, que tem nome de robô e bons tradutores (certamente nenhum deles é brasileiro). Ricardo ainda indicou alguns nomes para o prêmio Nobel das bolhas, e previu: na eleição de Obama contra Obama, Obama perde.
A seguir, os manhattans lançaram ao mar uma esquadra de livros sobre o descobrimento da América. Caio ficou mareado e preferiu a navegação digital com iSteve Jobs, que criou uma relação afetiva com um bagulhinho e virou santo. Seus devotos são idiotas e imbecis – mas pelo menos não são drogados. Navegando de volta ao ano 900 antes de Cristo, os manhattans passaram pela Bulgária, onde foram buscar especiarias com a Dilma e o Batman.
No terceiro bloco, um convidado: Nelson Pereira dos Santos, precursor do cinema novo que fez um documentário bacana sobre o único carioca universal além do Pedro Andrade. O filme mostra a imagem do Brasil que poderia ter sido, e conclui que os Estados Unidos é muito bom mas é uma merda, e o Brasil é uma merda mas é muito bom. Eu até poderia falar mais sobre a entrevista do Nelson, mas ao acessar o site dele, vi – em destaque! – o pior erro de português que alguém pode cometer. Não sei se algum país é mesmo uma merda – mas sei que o site do Nelson é, e portanto não vou falar mais sobre ele (que só pode ter sido escrito por algum tradutor. Ou pior: por um funcionário de alguma distribuidora brasileira de filmes). Sobre o Tom Jobim também não há muito o que dizer, pois eu só gosto de 4 músicas brasileiras – e nenhuma é dele. Além disso, bossa nova me lembra a mãe da Brenda em Six feet under, que só ouvia Tom Jobim e afins. Era divertido, mas desde então sempre associo bossa nova a pessoas loucas. Encerrando o post de hoje, fiquem com algumas fotos de New York tiradas pelo melhor guia da cidade.
Ótimo resumo do MC de ontem.
Parabéns.
Certamente v. gosta de muito mais do que quatro músicas do Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom.
Deixe o escárnio para o Diogo!
Abraço e admiração
Helio Savioli
Oi Helio, eu só gosto de 4 músicas brasileiras. E do Jobim, realmente de nenhuma… hehehehe.
Tem muita música brasileira boa, bonita e são mais de 4, com certeza, enfim gosto é gosto. Fiquei curiosa com o erro de português do site do Nelson Pereira dos Santos, vc não vai nos revelar? rs..
Eu só gosto de 4 músicas mesmo. Quanto ao erro, é tão horrível que eu não tenho coragem de reproduzí-lo aqui.
Que pena! assim vc me deixou ainda mais curiosa … pior do que vejo escrito no Facebook pode ser? rs…