187º post – MC de 2 de outubro de 2011

3 out

Quase todos os economistas, o oráculo Ricardo Amorim e os comissários do voo 899 morrem de inveja dos mediterrâneos festeiros. Depois do porre, eis a questão: quem paga a conta? O problema não é a conexão grega – é a conexão romana com seus maridos traídos. Os gregos deveriam ser mais espartanos, e se os alemães zorbarem os caipiras terão que vender o Coliseu, as gôndolas, o canal (e o Titanic) para pagar a conta. Todd Buchholz sacou bem, mas só escreveu besteiras e não deu uma explicação rápida (e sofisticada) como a do Caio Blinder: os malteses – isso é sério – estão por trás da crise. Resta rezarmos para que os deuses gregos salvem os correios, os Estados Unidos, a Europa, o Brasil e principalmente o Yemen – que vai ganhar a próxima copa do mundo.

A seguir, Herman Cain colocou a mão na massa – mas vai se queimar e as primárias podem acabar em pizza. Chris Christie tem gordura, bagagem e uma certa coragem – mas não é o que a direitona quer. Lucas Mendes gostou do plano 999 – que é muito bacana mas não é implementável. De política os manhattans passaram a falar sobre terroristas e acabaram nos desafios interessantes que a copa do mundo e o Senhor Futebol vão criar.

No terceiro bloco, a novidade é o velho: na temporada de lançamentos na TV americana a nova safra viaja no tempo pela porta aberta por Mad Men. O presente é complicado, o futuro é incerto e o passado é glamuroso – e no bacanal grego das primeiras feministas, Pedro Andrade acha que Pan Am é muito melhor que The Playboy club, que não tem sacanagem e pode ficar entediante. Sabemos que algumas pessoas tocam mais na revista, mas eu não concordo com o Pedro e acho que a série começou bem: a trama é interessante, o roteiro é criativo e os personagens são cativantes. Pan Am é que foi uma decepção: mesmo com a Christina Ricci no elenco, a série começou fraquíssima. O Pedro só tem total razão na diferença da produção entre as duas: em Pan Am o visual e os figurinos são perfeitos, e em The Plavboy club a cada momento parece que a gente vai ver alguém falando em um pager. Ou pior: escrevendo em um blog. Depois da xaropada protofeminista, Lucas fez uma conexão cultural com Ismael Nery e Murilo Mendes, que vinha de Juiz de Fora mas não tinha uma cabecinha provinciana (nem excesso de gostosura). O momento jabá final ficou com o Pedro, que indicou a revista Amarello.

Quase perdi o primeiro bloco desta edição do Manhattan Connection, pois pela primeira vez desde que estreou na Globo News o programa começou na hora certa e não com 20 minutos de atraso. Por sorte consegui ver desde o começo, e acho que esta foi uma das melhores conexões dos últimos tempos. Teve até cena de sexo (toque aqui) – e finalmente os manhattans falaram sobre as séries de TV que a gente assiste por aqui em vez de criticarem filmes ruins em exibição por lá. Pena que eles não falaram sobre Two broke girls, que para mim está sendo um enigma: ou é muito boa ou é muito ruim. Ainda não consegui decidir.

Mais uma vez encerro a nossa conexão com o Pedro, agora mostrando que também é bom de briga:

Fã-clube do Manhattan Connection

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