183º post – MC de 4 de setembro de 2011

5 set

Há uma semana do 11 de setembro, no melhor português da imprensa brasileira os manhattans coloniais comentaram a guerra pouco civil contra o terror. Ali Soufan é um soldado inestimável – mas a história não é exatamente nova e na guerra em segredo os terroristas saem ganhando. Soufan fala um árabe quase tão impecável quanto o de Diogo Mainardi, e juntos os dois ainda vão se infiltrar na comunidade terrorista, no Detran e na Funasa. Enquanto isso não acontece, os muçulmanos estão otimistas: eles querem fazer parte da vida americana, acham que os Estados Unidos vão bem e compram o livro do Dick Cheney, mais um charlatão que defende as extravagâncias do governo Bush e que, como todo mundo, está histérico com a bagunça na Líbia. Caio Blinder avisa: calma, pessoal – talvez as coisas melhorem, talvez piorem (devem melhorar, pois por lá não existe o PT).

No segundo bloco, o feriadão do Labor Day anuncia o fim do verão – e o fim do emprego do Obama. Ele quer e precisa ser Roosevelt e mudar a história, mas engoliu o sapo e vai nos dar mais do mesmo: mais retórica e mais uma dose de yes, we can. Diogo acertou o quiz, mas ao contrário do Ricardo Amorim não adivinhou o momento em que o mundo vai acabar. A seguir, Lucas Mendes deu uma guinada para mais uma guerra: a dos estudantes contra o governo do Chile, o país que tem a educação menos indecente da América Latina. Brasil na imprensa: As prosperity rises in Brazil’s northeast, so does drug violence.

Para encerrar, os manhattans acompanharam o amigo Johh Sayles em uma campanha nas Filipinas em 1900. Sayles declarou independência de Hollywood e não gasta muito dinheiro na produção, mas isso tem um preço: o barato sai caro. O filme Amigo, que pela lógica das distribuidoras brasileiras provavelmente será lançado por aqui com o título O inimigo, é uma novela mexicana que eu não vi e não gostei – ao contrário da Alma Blinder e do William Shakespeare, que também não viram mas já viraram fãs. Pedro Andrade acha que uma porcaria dessas é inaceitável, e prefere posar para o site SubwayCrush.

Fã-clube do Manhattan Connection

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